00/00/0000
O carcinoma basocelular (basalioma ou epitelioma basocelular) é um tumor
maligno da pele. É o câncer da pele mais frequente, representando cerca
de 70% de todos os tipos. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de
idade, nas pessoas de pele clara e seu surgimento tem relação direta
com a exposição acumulativa da pele à radiação solar durante a vida. A
proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.
Por ser um tumor de crescimento muito lento e que muito raramente dá
metástases (não envia células para outros órgãos), é o de melhor
prognóstico entre os cânceres da pele. No entanto, pode apresentar
característica invasiva e, com o seu crescimento, destruir os tecidos
que o rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos.
Manifestações clínicas do carcinoma basocelular
A grande maioria das lesões aparece na face. O basalioma pode se
manifestar de diversas formas, mas em sua apresentação mais típica
inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e
aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na
superfície e que cresce progressiva e lentamente.
O carcinoma basocelular também pode apresentar pontos escuros e, na
sua evolução, pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos
traumatismos como o roçar da toalha de banho, podendo, com isso,
apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) na sua superfície.
Algumas lesões podem ser pigmentadas, com as mesmas características
descritas acima, porém de coloração escura (basocelular pigmentado),
outras crescem em extensão atingindo vários centímetros, sem, contudo,
aprofundar-se nos tecidos abaixo dela (basocelular plano-cicatricial). A
forma mais agressiva acontece quando o tumor invade os tecidos em
profundidade (basocelular terebrante), com grande potencial destrutivo
principalmente se atingir o nariz ou os olhos.
Existem outras formas de apresentação do carcinoma basocelular e o
diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado. Se você
apresenta uma lesão de crescimento progressivo, que forma crostas na sua
superfície ou sangra facilmente, procure um médico dermatologista para
fazer uma avaliação.
Tratamento
O tratamento é na maioria das vezes cirúrgico, objetivando a retirada
completa da lesão com margem de segurança. O tumor também pode ser
tratado pela criocirurgia com nitrogênio líquido. Alguns tipos
superficiais podem ser tratados pela terapia fotodinâmica ou imiquimod.
O tratamento precoce leva à cura na maioria das vezes, daí a
importância de se procurar um dermatologista em caso de uma lesão suspeita.